Aconteceu na noite de quinta-feira (8) o primeiro Bate-Papo Empreendedor de 2018, promovido pelo CONJOVE – Conselho de Jovens Empresários) – órgão da ACIM – Associação Comercial e Industrial de Marabá. O convidado foi Diktherman Viana da Silva, consultor há 10 anos na área de sucessão empresarial e software de gestão e tecnologia. Ele tem negócios em Belém e desenvolveu um software que se tornou a primeira plataforma de gestão estratégica, em formato de franquia, no Brasil.
Para o presidente do CONJOVE, Caetano Reis Neto, esse tipo de interação reverte em capacitação de empreendedorismo para os associados. “Hoje, tivemos a presença do Dik, que falou sobre gestão, sobre tecnologia e também a respeito de inovação e em relação à sucessão empresarial”, observa ele.
“O Conjove é feito de jovens empresários, também temos aqueles que estão trabalhando em empresas familiares e aqueles que já estão seguindo o próprio rumo no mercado. E essa troca de experiências favorece as duas partes, tanto o convidado quanto o empreendedor que está iniciando e precisa ter conhecimento e noção para não errar”, avalia Caetano.
Na opinião de Diktherman, é muito importante, neste momento pelo qual o País passa, entender que única solução é o empreendedorismo. “Então o que nós vamos conversar com o pessoal agora é um pouquinho da nossa história empreendedora”, disse ele antes do Bate-Papo.
Sobre o software de gestão estratégica, criado em Belém, mas que ganhou o País, Dik lembra que não é comum o paraense levar tecnologia para fora. “Em geral, a gente exporta commodities, minério, açaí, etc. E nós estamos fazendo o trabalho inverso, levando tecnologia para fora”, afirma ele. “Tudo é possível com muito trabalho e com muita dedicação. E, apesar de estarmos muito longe do polo de desenvolvimento do Brasil, que é o Sudeste, tem muita gente boa aqui dentro”, avaliou.
Diktherman Viana da Silva mantém dois negócios na capital e um deles é um escritório de consultoria mais de 200 projetos, 90% deles dirigidos a empresas familiares. “Hoje temos 19 milhões de empresas no País, 50% delas são médias, mas, infelizmente, metade delas vai morre em três ou quatro anos”, prevê ele.
Ele explica, porém, que isso acontece porque estão se criando muitos herdeiros e “pouquíssimos sucessores”. “Então, nós temos um programa de sucessão empresarial, pelo qual já passaram mais 12 jovens. A gente prepara, no prazo de um ano e meio a três anos, a nova liderança da empresa e fazemos toda a tramitação administrativa e burocrática que uma empresa familiar precisa”, detalha.
Indagado sobre o que um jovem sucessor precisa fazer para continuar o trabalho dos pais e não quebrar a empresa, o consultor diz que, primeiramente, é fundamental respeitar a história. “Os pais, há 20, 30, 40 anos, criaram o negócio. E ele precisa ter, principalmente, habilidade para conduzir daqui para a frente, entender que tudo o que foi feito tem de ser valorizado, mas, pela competitividade do mercado, precisa inovar e trazer novas ferramentas para poder desenvolver um bom trabalho na empresa”.
Sobre o tratamento com os colaboradores, Diktherman lembra que se diz muito que a tecnologia vai furtar o trabalho de muita gente e que, realmente, muitos postos de trabalho vão desaparecer, mas, ele alerta que existe um que não vai sumir: “É a liderança, é o gestor. Você pode ser formado na maior universidade do mundo, mas, se não souber lidar com gente, está fora do mercado”, adverte.
Por ASCOM/ ACIM