ACIM se reúne com mais dois candidatos para expor dificuldades e ouvir propostas

A ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marabá) realizou, na noite desta segunda-feira (27), mais um encontro com candidatos às eleições deste ano. Durante a reunião, por meio de sua diretoria, expôs os gargalos que impedem o desenvolvimento de Marabá e região e solicitou que eles se engajem na luta por mais geração oportunidades de negócios, emprego e renda, caso sejam eleitos.

O encontro, com os candidatos Antônio Carlos Cunha Sá (PTB), mais conhecido como Toni Cunha, delegado federal e vice-prefeito de Marabá, que pleiteia um mandato de deputado estadual; e Jarbas Vasconcelos, advogado e conselheiro federal da OAB, candidato ao Senado, teve a presença de associados da ACIM, CONJOVE (Conselho de Jovens Empresários) e SINDICOM (Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Marabá) e também de não associados.

A reunião foi aberta pelo presidente da ACIM, Ítalo Ipojucan Araújo Costa, e pelo vice-presidente Eugênio Alegretti Neto. Ambos expuseram a situação em que se encontra hoje a região, que, apesar de rica em minérios e outros recursos naturais, se desenvolve muito lentamente, já que, pela falta de investimentos em logística e verticalização do que aqui é produzido, se transforma apenas em corredor de passagem da matéria prima.

Ítalo também lembrou a falta de empenho da bancada federal do Pará no Congresso Nacional, em assuntos do mais alto interesse do Estado e região, os quais ficam relegados a último plano, enquanto outras regiões do País crescem mesmo diante da crise.

Toni Cunha foi o primeiro a falar, destacou o potencial grandioso de Marabá e disse que é inadmissível que o minério retirado do solo da região não seja verticalizado aqui gerando desenvolvimento, em prego e renda.

Criticou duramente o governo federal, que no mesmo horário realizava, em Belém, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Audiência Pública sobre a antecipação da renovação do contrato de concessão das ferrovias Carajás e Vitória-Minas.

Toni classificou a realização da audiência em Belém como um desrespeito do governo federal para com o povo do Pará, especialmente, com Marabá e região, de onde sai o minério e que é cortada pela Estrada de Ferro Carajás. Logo, na opinião dele, a reunião deveria ter acontecido em território Marabaense.

Disse que  a região vem sendo vítima de uma política maléfica e falou da importância da Ferrovia Paraense, afirmando que, para que o Pará cresça é necessário um planejamento estratégico, mas advertiu que, caso isso seja executado por algum governante, não vai acontecer em apenas quatro anos e sim em governos seguidos até que a região se torne independente.

Jarbas Vasconcelos, por seu turno, disse que, apesar de rico, o Pará nunca saiu da condição de colônia, que só exporta matéria prima para outros Estados e para exterior e o retorno disso é mínimo.

Fez extensa explanação sobre os males que a Lei Kandir tem causado ao Pará, que ao longo dos anos vem perdendo mais de R$ 40 bilhões, e também fez críticas à bancada paraense no Congresso Nacional.

Os dois candidatos se comprometeram em, se eleitos, lutar para mudar a realidade desta região e do Estado, para que aqui o empresariado possa trabalhar com tranquilidade, gerando emprego, renda e crescimento. Em seguida, eles responderam a vários questionamentos feitos por pessoas  da plateia formada, em sua maioria, por empresários.

Márcio Miranda na sexta

Na próxima sexta-feira (31), outro encontro semelhante acontece, desta vez com o candidato ao governo do Estado, Márcio Miranda (DEM), às 15 horas, no Hotel Itacaiúnas, ocasião em que a ACIM e demais entidades representantes dos setor produtivo local entregam documento que detalha as dificuldades enfrentadas para o crescimento de Marabá e região, faz sugestões e solicita o empenho do candidato, caso eleito, para a solução desses problemas.

O mesmo documento já foi entregue aos candidatos à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL); e aos candidatos aos Governo do Estado Helder Barbalho (MDB) e Paulo Rocha (PT)

Por ASCOM / ACIM