O presidente da ACIM – Associação Comercial e Industrial de Marabá -, Ítalo Ipojucan Costa, participou, com destaque, do I Colóquio sobre a Derrocagem do Pedral do Lourenção, realizado pela Unifesspa (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará), na última quarta-feira (4), no auditório do Campus II. A obra consiste no desgaste do pedral que impede a passagem de comboios de carga no período em que o rio fica mais raso, geralmente entre os meses de setembro e novembro. De acordo com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), o custo apresentado é 7,15% menor do que o esperado para obra, o que representa uma economia de R$ 40 milhões.
De acordo com Leonardo Brasil, professor de Geologia e organizador do colóquio, o evento teve o objetivo de mostrar para a sociedade que a Unifesspa pode contribuir nas discussões sobre essa obra e, principalmente, nos benefícios que ela vai trazer para a sociedade. “Não temos a pretensão de ser protagonistas. Só queremos mostrar que podemos contribuir com as discussões a respeito dessa obra a respeito dos impactos que ela pode gerar e principalmente a respeito da proteção das populações que podem ser diretamente afetadas”, explicou ele.
Brasil disse, ainda, que o papel da universidade não é tentar barrar, é justamente o contrário. “Estamos preocupados com que, de fato, haja uma obra com um controle ambiental sério, com racionalidade, sem prejuízo para o meio ambiente e para as populações. Que traga desenvolvimento econômico, emprego, renda para as pessoas que moram aqui e, principalmente, que possa gerar um modal de transporte mais barato, mais limpo”, resumiu.
Em sua explanação Ítalo Ipojucan se deteve em três eixos de desenvolvimento: Logística, Mineração e Agronegócio. Esses eixos estão interligados e, se bem trabalhados pelo governo, podem fazer com que o Pará dê um salto gigantesco, deixando de patinar no mesmo lugar, enquanto outros Estados, considerados mais pobres, passem à frente com grandes empreendimentos.
O presidente da ACIM falou do Porto de Barcarena, que tem potencial para ser o mais importante do País, mas é necessário que haja mais ação do poder público, por parte de seus agentes, a classe política, para que se chegue a esse nível tão desejado.
Citou como exemplo os Portos de Pecém, no Ceará; e de Suape, em Pernambuco, dois estados que sequer têm 10% do potencial de riquezas do Pará, mas que se tornaram grandes polos de desenvolvimento e de atração de negócios.
Discorreu ainda, citando números, sobre a produção mineral da região, destacando vários projetos absolutamente viáveis, mas que dependem de logística, lembrando aí a Ferrovia Paraense S.A (Fepasa), que resolveria o problema de escoamento não só do minério mas também da produção de grãos, que já é uma realidade no Pará, mas que sai por rodovias do Tocantins e de Mato Grosso.
Participaram, ainda, do colóquio o professor doutor Maurílio Monteiro, – reitor da Unifesspa; os professores mestres Leonardo Felipe e Alan Borges; o engenheiro André Bernardes; e a professora mestra Cristiane Cunha.
Por ASCOM/ ACIM.