A ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marabá), ao lado dos parceiros CONJOVE, SINDICOM, CDL, ACRIPARÁ e SINDICATO RURAL DE MARABÁ, vem promovendo encontros com os pré-candidatos a cargos majoritários nas eleições de 7 de outubro próximo. A finalidade é entregar a eles um documento que relata os principais anseios de Marabá e região, no que diz respeito ao desenvolvimento econômico, listando as dificuldades enfrentadas para alcançar esses objetivos; e ouvir dos postulantes aos cargos executivos o que eles têm de propostas desenvolvimentistas para o sul e sudeste do Estado.
Nesta sexta-feira, 27, e encontro se deu com o pré-candidato ao governo do Estado, Helder Barbalho (MDB), ocasião em que ocorreu a entrega do documento, antecedida pela leitura, ao público e às autoridades, feita pelo presidente da ACIM, Ítalo Ipojucan Costa.
Um dos fatores que travam o desenvolvimento econômico paraense é o modelo tributário injusto, que não recompensa o estado por seu grande potencial energético e mineral, obrigando-o a suportar as expensas dos impactos gerados.
“Os maiores danos vêm da falta de compensação do ICMS da exportação de minérios (Lei Kandir) e do ICMS da venda de energia, uma vez que fica com o Estado consumidor e não no produtor”, dizem as entidades no documento.
Depois, a carta fala dos investimentos em logística, destacando a ampliação do Porto de Barcarena, a dragagem do Canal do Quiriri, a Hidrovia Tocantins–Marabá/Barcarena, a derrocagem do Pedral do Lourenção, o Porto Público de Marabá, a Ferrovia Paraense e a manutenção permanente da Rodovia PA-279 (Xinguara–São Félix do Xingu).
No tema Indução da Siderurgia em Marabá, o documento fala na readequação da produção para o mercado interno, com a implantação de um polo metalmecânico, e a criação de uma Zona de Processamento de Exportação.
Sobre relação do governo com os grandes projetos, a carta entregue ao pré-candidato diz que é importante que esses grandes empreendimentos sejam indutores de atração de novos negócios, contratem mão de obra local e comprem de fornecedores locais.
O documento também faz referências ao Centro Regional de Governo; à celeridade na tramitação e liberação de processos na Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade; da precariedade do Ensino Médio na região; do aumento do número de vagas no curso de Medicina da Uepa; da implantação da hemodinâmica no Hospital Regional; e da implantação do Centro Oncológico de Marabá.
A carta também foca nas questões referentes ao Agronegócio, como a verticalização dos produtos que vêm da produção rural; regularização ambiental; regularização fundiária; exportação do boi em pé; as despesas cartorárias; a erradicação da aftosa; e a segurança rural.
Os objetivos das sugestões propostas são: presença e dinâmica à atuação do governo estadual no sul e sudeste do Pará; atração de novos negócios e diversificação da plataforma do setor produtivo regional (verticalização); estímulo à implantação sustentável de novos modelos de negócios de micro e pequeno porte; geração de parcerias locais com grandes empreendimentos de modo a promover o fortalecimento de empresas já fixadas na região; fomento à instalação de um parque tecnológico atualizado capaz de ampliar e sustentar as atividades acadêmicas (engenharias, medicina, incubadora de empresas, etc.); e geração de fontes de empregos e renda, “premissas para o desenvolvimento socioeconômico”.
Os resultados esperados são: a transformação, em realidade, das potencialidades regionais, dando sustentabilidade às operações de desenvolvimento, estabelecimento de regras e compromissos com os grandes projetos já instalados e a serem instalados, ofertando um cenário competitivo, com baixo custo, qualidade, produtividade e segurança; ser reconhecida como região alternativa para novos investimentos pelo mundo empreendedor; aumento significativo das receitas diretas e indiretas das prefeituras e governo do Estado; e melhoria dos índices – desenvolvimento humano, econômicos e sociais de toda região.
Discursaram ainda, o presidente do Sindicatos dos Produtores Rurais de Marabá, Antônio Vieira Caetano; o presidente da Associação dos Criadores do Pará, Maurício Fraga Filho; o deputado federal Beto Salame (PP/PA); o deputado estadual João Chamon Neto (MDB) e o senador Jader Barbalho (MDB). Também fez parte da mesa dos trabalhos o deputado federal José Priante (MDB/PA)
O documento é assinado pelo presidente da ACIM, Ítalo Ipojucan de Araújo Costa; Antônio Vieira Caetano, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá; Cyro Tida, vice-presidente do Conselho de Jovens Empresários de Marabá; Maurício Pompéia Fraga, Associação dos Criadores do Pará; Raimundo Alves Neto, vice-presidente do Sindicato Patronal do Comercio Varejista de Marabá; e Pedro Lopes de Brito, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Marabá.
Em sua fala, Helder Barbalho disse que, em cada item descrito no documento que lhe foi entregue, não via problemas e sim oportunidades de desenvolvimento das cadeias produtivas agregadas. Afirmou que não pode cometer o erro de fazer a promessa fácil, porque a região, seu povo e os empresários já estão descrentes dessas promessas.
Disse que o momento é de construir um diagnóstico vocacional para cada município e trabalhar baseado nessas informações. Afirmou e que é favorável à construção de um ambiente adequado ao desenvolvimento mineral e do agronegócio, destacando que esses são os dois grandes pilares econômicos da região.
Por ASCOM / ACIM