Setor produtivo expõe situação econômica da região ao candidato Márcio Miranda

Como vem fazendo em relação aos candidatos à Presidência da República e ao governo do Estado, a ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marabá) encabeçou, na sexta-feira (31 de agosto), reunião entre a classe produtiva local e o candidato Márcio Miranda (DEM), da Coligação “Em Defesa do Pará”. Participaram do encontro representantes do CONJOVE (Conselho de Jovens Empresários), SINDICON (Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Marabá), CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), SINPRORURAL (Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá) e ACRIAPARÁ (Associação dos Criadores do Pará).

O presidente da Associação Comercial, Ítalo Ipojucan Costa, abriu a reunião expondo a Márcio Miranda as dificuldades que Marabá e região têm encontrado para alavancar o desenvolvimento, sobretudo nos campos da logística, da atração de grandes investimentos, da pesada carga de impostos, da falta de incentivo para a verticalização de tudo o que aqui é produzido, mas que sai na forma bruta deixando de gerar emprego e renda para a região.

Ítalo também falou da importância da implantação de um porto público em Marabá, tendo em vista a conclusão da Hidrovia Araguaia-Tocantins, com a derrocagem do Pedral do Lourenção.  Advertiu que esse píer deve ser pensado e projetado desde já, para que Marabá não siga sendo apenas corredor de passagem da produção, inclusive de outros Estados, como é atualmente.

Candidato falou para o empresariado sobre suas propostas de governo.

O presidente da ACIM também defendeu a reativação da siderurgia no Distrito Industrial local, mas com um modelo desenvolvimentista para Marabá, que possa atrair grandes projetos, como indústrias, entre outros.

Ipojucan também defendeu a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no primeiro emplacamento, como já acontece em Estados vizinhos, causando a evasão de divisas do Pará, pois muitos preferem adquirir seus veículos nesses Estados e legalizá-los lá.

Entre outros assuntos, Ítalo cobrou ainda a criação do Parque Tecnológico de Marabá e o incentivo ao micronegócio, um instrumento de geração de renda, mas que, sobretudo nesse momento de crise econômica que assola o País, pode tirar milhares do desemprego, porém necessita de incentivo governamental.

Também se pronunciaram os presidentes da ACRIPARÁ, Maurício Fraga Filho e do SINPRORURAL, Antônio Vieira Caetano, que falaram sobre exportação do boi em pé, regularização fundiária, segurança no campo, questões ambientais e outros assuntos inerentes à pecuária.

Empresariado local lotou auditório da Tratorpeças.

Em seguida, os representantes do setor produtivo entregaram a Márcio Miranda um documento no qual constam todas as demandas regionais e também sugestões sobre como elas podem ser atendidas pelo governo estadual.

Após receber o documento, Márcio Miranda tomou a palavra e observou que a carta entregue a ele, tem muitos pontos comuns com seu programa de governo. Disse que o setor produtivo é muito importante para o Brasil e para o Estado e ressaltou que não há outra saída para o Pará que não seja pela produção.

Prometeu, a exemplo do que fez na Assembleia Legislativa, da qual é presidente há três mandatos, fazer um governo itinerante, levando os secretários às regiões do Estado para ouvir as demandas da população, tendo sido muito aplaudido pelo público formado, em sua grande maioria por empresários. “Esse é o papel do governo, ouvir a sociedade, isso é compromisso”, reafirmou.

Disse ainda que todas as coisas boas que tenham sido trazidas pelos governos Almir Gabriel, Ana Júlia e Jatene terão continuidade, mas, o que estiver errado, será mudado, trocado, mexido: “Nós não temos compromissos com erros, nós temos compromissos com os acertos, fazendo uma gestão que seja mais transparente possível e mais próxima do cidadão”, enfatizou Miranda.

Ele destacou vários pontos do documento entregue pela classe produtiva e disse quais providências vai tomar em relação a cada um, prometendo destravar a economia do Pará, sobretudo de Marabá e região como forma de fazer com que o Estado volte a crescer.

Por ASCOM / ACIM