O novo formato do Bate-Papo Empreendedor, evento promovido pelo CONJOVE (Conselho de Jovens Empresários), órgão permanente da ACIM (Associação Comercial de Industrial de Marabá), levou dezenas de associados e não associados, na noite do último dia 26 de setembro ao salão de eventos do Turbilhão Park. E a convidada para falar aos jovens empresários foi a empresaria marabaense Sueli Lara, franqueada há quase 30 anos de O Boticário e, há dois anos, da “quem disse, berenice?”.
Para Caetano Reis Neto, presidente do CONJOVE foi uma “satisfação enorme” receber Sueli Lara, uma pessoa que está comemorando 30 anos de atividade no mercado e por também ser mulher e uma líder religiosa, já implantando uma das maiores redes de cosméticos do País há três décadas no município e na região.
“É muito importante. Ela também já foi ‘Empresária do Ano’, pelo SINDICOM (Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Marabá), então a gente quer extrair o máximo da experiência empreendedora dela, também como empreendedora social e como empreendedora religiosa [Sueli Lara é pastora da Igreja Assembleia de Deus – Ministério Madureuira]”, disse Caetano pouco antes do início do evento.
Quanto ao novo modelo do Bate-Papo, ele explicou que intuito é fazer o mesmo modelo dos Bate-Papos Empreendedores que ocorriam na sede da Associação Comercial ou nas universidades, mas, agora, partindo para uma reunião mais informal, abrindo, inclusive, para a comunidade empreendedora de Marabá.
“É um momento para que a gente possa estar fazendo relacionamentos, prospectando negócios, gerando network e mostrando o poder da representatividade da nossa Associação Comercial, da qual o CONJOVE faz parte”, detalhou o presidente do Conselho, acrescentando que é um programa para envolver todos os associados da ACIM e anunciando que, até dezembro deste ano, mais três eventos com o novo formato vão acontecer.
Kessiana Soares, diretora-social do CONJOVE, disse que o objetivo desse novo formato de Bate-Papo Empreendedor é que, ao mesmo tempo em que seja descontraído, seja também mais atrativo para que mais empresários possam participar e prestigiar os convidados.
A convidada Sueli Lara, franqueada de O Boticário há 29 anos, diz que união com a franquia de perfumes e cosméticos é como um casamento. “Conviver como franqueada, não é como ter uma empresa individual, que, diante de qualquer dificuldade você pode parar. E a gente continuou diante de muitas dificuldades e lutas e conseguiu”, conta ela.
Sobre as sucessivas crises econômicas que se abateram sobre o País durante essas quase três décadas, inclusive a atual, e empresária afirma que foi muito difícil, mas conseguiu enfrentá-las. “Não é fácil, mas a gente tem de acreditar, vem o medo, vem a preocupação. Às vezes o cenário está bom, às vezes não está”, lembra ela, destacando que Marabá passou muito por essa situação, passou por momentos muito difíceis.
“Nesses três últimos anos o desafio foi maior, com muitas lojas fechando. Durante esses 30 anos nunca houve, até três anos atrás, de alguém querer desistir do seu negócio. Mas, agora aconteceu de pessoas que passaram o negócio em frente”, lamenta a empresária.
Há 29 anos, Sueli Lara começou com uma pequena loja e uma funcionária, “que vendia, cobrava e embalava”. Hoje, é proprietária de cinco lojas em Marabá, uma em Jacundá, além da venda direta e da franquia da “quem disse, berenice?”, no shopping, e administra 100 funcionárias.
Acerca de como conseguiu chegar ao nível em que se encontra hoje, Sueli Lara afirma que, primeiramente é preciso acreditar na própria capacidade de vencer, amar o que faz. Depois, a pessoa tem de ter um time, uma equipe.
Sobre que mensagem passaria aos jovens empresários, Sueli lembrou que, quando se é jovem e está começando, há muita empolgação, mas é preciso ter o pé no chão e nunca esquecer que, mesmo nesta era em que a tecnologia parece resolver tudo, precisamos nos relacionar. “Tem de haver o ser humano por trás, não podemos nunca esquecer nem nos desvincularmos disso”, aconselha.
“A gente precisa formar pessoas, nós precisamos pensar não somente em nós, no nosso negócio, mas precisamos pensar na sociedade, no que a gente pode contribuir para que essas pessoas possam ser alcançadas, para que elas possam sonhar, possam ter uma condição de vida e é por meio do nosso amor pelas pessoas que conseguimos fazer isso”, ensina a empresária.
Por ASCOM / ACIM