A reunião ordinária desta segunda-feira, 22, da ACIM (Associação Comercial e Industrial de Marabá), deu lugar a um bate-papo com o economista Dyogo Henrique de Oliveira. Ele foi ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão no Governo Temer e presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na mesma gestão. É também especialista em Comércio Exterior, Negociações Internacionais e Câmbio, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e mestre em Ciências Econômicas, pela Universidade de Brasília (UnB).
O Presidente da ACIM, João Tatagiba, disse que a presença de Dyogo de Oliveira na Associação Comercial faz com que haja uma troca de ideias e de experiências, “com uma pessoa que tem um currículo tão vasto” para enriquecer o conhecimento de todos.
“Nós propusemos que haja sempre um bate-papo pela passagem dele aqui em Marabá. E a gente vai estar sempre alinhando alguma coisa em relação a desenvolvimento regional. Ele, de pronto, aceitou para que trabalhe em parceria, como se fosse prestando uma consultoria à ACIM”, explica Tatagiba.
Dyogo de Oliveira afirma que a ideia é começar a discutir a formação de um plano de desenvolvimento econômico para a região de Marabá. “A Associação tem esse ímpeto, essa vontade de desenvolver a região e, com a nossa experiência e o nosso conhecimento, eles nos convidaram aqui pra gente começar a discutir, para ver se a gente consegue viabilizar um projeto nesse sentido”, avalia.
Para o ex-ministro, esta é uma região com muito potencial econômico. Mas, lamentavelmente, esse potencial econômico está preso em algumas restrições de ordem legal e de ordem da infraestrutura”. “A gente que sabe que já existem alguns projetos, mas as coisas não estão avançando com velocidade”, observa Dyogo de Oliveira.
Ele diz não ter dúvida alguma de que a região tem grande potencial econômico e que a solução de algumas questões pode desencadear um processo muito forte de crescimento de Marabá e de toda a região sul-sudeste do Pará.
Essas questões são, na visão do ex-ministro: a regularização fundiária, as questões de infraestrutura, a melhoria da logística e, principalmente, ações de atração de investimentos, de novas empresas para a região e a valorização das empresas que já existem na região.
Indagado se as questões políticas podem ser um entrave para o desenvolvimento regional, Dyogo diz que não vê dessa forma: “Pelo contrário, acho que todos têm a intenção, têm o desejo de fazer isso, de participar disso, o que eu vejo é uma certa desarticulação das ações, uma falta de articulação”.
Ele avalia que um papel interessante que a Associação Comercial pode desempenhar é “tentar articular os diferentes organismos de governo, os diferentes níveis de governo, municipal, estadual e federal, buscar unir as forças e favorecer a região. Eu acho que essa é que é a grande questão.”
Participaram ainda da reunião os Diretores: Raimundo Nonato Júnior (Presidente do Conselho Superior), Percio Piagno Júnior (Comercial), Renato Melo (Assessoria Jurídica), Rodrigo Diogo (Assessoria Jurídica), Ítalo Ipojucan Costa (Conselheiro Superior), Mauro de Souza (Conselheiro Superior), Antônia dos Santos Guimarães (Comunicação), Agilene Sá Salame (Assuntos Especiais) Griego Duarte da Silva (Microempresa), Aimar Queiroz (Relações Públicas), Paulo Marcelo Mutran (Assembleia Geral), Quelma Gonçalves (Relações Públicas), Kessiana Soares (Presidente do CONJOVE), Marcelo Campos (Vice-Presidente do CONJOVE) e Henrique Rocha (Segundo Vice-Presidente do CONJOVE). Participaram ainda a Gerente do Sebrae Marabá, Aurilene Silva, o secretário municipal de Comércio e Indústria, Ricardo Pugliese, e vários associados.
ASCOM/ACIM